Microeconomia - Teoria do Consumidor


A teoria do consumidor, ou teoria da escolha, é uma teoria microeconômica, que busca descrever como os consumidores tomam decisões de compra e com eles enfrentam os trade off (trade off é quando a solução de um problema acaba gerando outro problema) e as mudanças em seu ambiente. Os fatores que influenciam as escolhas dos consumidores estão basicamente ligados à sua restrição orçamentária e preferências. 

Quando recebemos o nosso salário temos diversas possibilidades de como gastar ou poupar. Mas nossas escolhas são limitadas. Não podemos comprar tudo. 

‘’E se eu for um milionário?’’'

Ainda assim você seria limitado pelo tempo. Mesmo com recursos para adquirir tudo que você deseja, ainda teria que fazer escolhas como dormi mais um pouco, assistir TV ou jogar futebol, etc... 

O estudo do consumidor termina então com a definição e o entendimento de quando este se encontra em equilíbrio diante das opções de consumo. 

Quando compramos algum bem, ou solicitamos um serviço, que nos proporciona satisfação, nos voltamos para aqueles produtos mais valorizados. Nesse sentido, o que tem valor para um pode não ter o mesmo valor para o outro consumidor ou mesmo não ter valor nenhum.


Um exemplo é os bens de marca. Algumas pessoas gostam e defendem que a qualidade dos mesmos compensa o preço. Outros vão afirma que o preço é alto de mais para aquele produto por melhor que seja. Um indivíduo demanda um determinado bem pela satisfação ou utilidade que obtém ao consumi-lo.

Em sendo a satisfação um conceito subjetivo os economistas desenvolveram o conceito de utilidade para medir as escolhas racionais dos consumidores diante dos recursos escassos (restrições temporais ou orçamentárias). Neste caso não se estar falando do agrado que comprar determinado bem irá proporcionar ao consumidor mas a sua utilidade em sua vida.
As vezes, compramos algo que não tem muita utilidade mas é bonito e fica ótimo no meio da sala, ou faz um barulho engraçado, etc.. (americano é mestre em comprar coisas com baixa utilidade). 

Vejamos um exemplo de escolha racional. 

Se você tivesse a opção de: ou trocar de carro ou fazer um cruzeiro com a família. Qual seria sua escolha?

A grande maioria iria trocar de carro mas existe aquele que iriam preferir o cruzeiro com a família. Posto desta forma o consumidor escolhe determinado bem ou serviço mais valorizado ou mais preferido. Se você tivesse trocado de carro ano passado é provável que você (consumidor) acabe ficando com o cruzeiro. As condições de escolha variam com cada pessoa.

Claro que se pudessem, talvez fizesse os dois, todavia, para boa parte dos consumidores não lhes é possível devido a restrição orçamentária.

Voltando ao processo de escolha, o economista entende que se houve escolha por parte do consumidor é porque lhe trará satisfação, ou melhor, porque o bem ou serviço escolhido lhe traz utilidade.

Enfatizo mais uma vez. O conceito de utilidade é mais amplo do que o conceito de satisfação. O sentido de utilidade avalia que o consumidor ao comprar algo vai levar em consideração a utilidade do mesmo eu sua vida e o nível de satisfação que irá lhe proporcionar.  

Como medir então a utilidade quando o consumidor escolhe um determinado serviço ou bem?

Definindo-se uma medida denominada útil para avaliar a satisfação do consumidor diante do consumo de um bem X qualquer.

A somatória dos diversos úteis (quantidade consumida de um bem X em determinado período em valores de utilidade) que medem a satisfação do consumidor representa a utilidade total (UTx).

UTx = q x i 

Onde q representa a quantidade e i representa o período.

Considere o caso do consumidor que vai ao rodízio de carnes para consumir picanha ou mesmo outra pessoa que prefere um rodízio de pizzas (equivalente a quantidade demandada de picanha ou pizza).

Quantas picanhas ou pedaços de pizza serão consumidos (demandados)?


Vamos ver o que significa cada uma das vaiáveis apresentas na tabela.

Primeiramente devemos identificar na tabela que se não consumimos picanha (bem X), ela não tem utilidade para nós, não sendo passível de mensuração.

Segundo, se demandamos picanha e a consumimos devemos medir sua utilidade. Mensurar a utilidade equivale a medir a satisfação total que o consumo de picanha nos proporciona pela definição de úteis, que somados nos fornecem a Utilidade Total (UTx).



Interpretando o ato de consumir um determinado produto tendo como exemplo a picanha, o primeiro pedaço lhe confere certa utilidade, como também o segundo. Se adicionarmos um terceiro pedaço o valor da utilidade total aumenta porque este pedaço lhe proporcionou alguma utilidade adicional. Perceba que a somatória de uteis para cada nível de consumo é a Utilidade Total (UTx), sendo crescente até certo ponto. Este ponto representa um valor máximo de consumo, tal como um nível de saturação ou satisfação de quantidade de picanha. Este ponto de máximo é atingido após o consumo de quatro unidades porque o consumo de um pedaço adicional não acrescenta mais satisfação ao consumidor.

Para os estudos das preferências do consumidor definimos também um valor médio de preferência que é a Utilidade Média do bem X (Ume no consumo de picanha).

O cálculo da Utilidade Média é dado pela divisão entre a UTx pela quantidade consumida de X (Qx):

Basta dividir a utilidade total pela quantidade do bem.  

Por fim utilidade marginal. Ela representa o grau de satisfação que o consumo de uma unidade adicional lhe proporciona. Veja que ao consumir o primeiro pedaço, este lhe proporcionou uma utilidade de 10. Ao consumir o segundo pedaço, este lhe proporcionou uma utilidade de 5. Se somado ao 10 do primeiro pedaço se obtém a  utilidade total (UTx)  de 15.

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1 Comentários

  1. pra mim utilidade e satisfacao estao intimamente ligados, sendo semelhantes

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