BNDES (2013) - ECONOMISTA - QUESTÃO 44
Pelo lado do diagnóstico ortodoxo, as políticas fiscal e monetária, ao contrário do plano Cruzado, seriam efetivamente usadas contra a inflação. Os juros reais positivos serviriam para contrair o consumo e também evitar a especulação com estoques. Pretendia-se reduzir o déficit público através de aumentos de tarifas, eliminação de subsídios e corte de gastos e, posteriormente, corte de investimento público. Mas para evitar a defasagem nos preços administrados e públicos, foi decretado um aumento em diversos setores um pouco antes do congelamento.
Do lado heterodoxo, foi decretado um congelamento de preços e salários no nível vigente quando do anúncio do Plano, a ser realizado em três fases:
1) Congelamento total por três meses;
2) Flexibilização do congelamento;
3) Descongelamento.
Os salários ficariam indexados a uma nova base: a Unidade de Referência de Preços (URP).
Com o intuito de não deteriorar as contas externas, a taxa de câmbio não foi congelada.
O plano Bresser teve um certo exito inicial reduzindo a inflação. Diferente do plano Cruzado, este não conseguiu obter inflação próxima de zero nos primeiro meses. Após o fracasso do congelamento do Cruzado, o congelamento do Bresser não foi respeitado.
O melhor resultado partiu das contas externas, com a flexibilização do câmbio.
Em dezembro de 1987 a inflação alcançou 14%. O ministro Bresser-Pereira foi substituído por Maílson da Nóbrega.
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