onde X é um número real que representa o valor do ajuste do imposto (diferença entre o imposto pago ao longo do ano e o que deveria pagar de acordo com os rendimentos, retenções e abatimentos), em $1.000.
Se X > 0, o contribuinte tem imposto devido a pagar; se X < 0, tem imposto a ser restituído; e, se X = 0, o imposto retido ao longo do ano foi igual ao imposto total devido. A esse respeito, é correto afirmar que:
a) a cada acréscimo de $1.000 no imposto, a probabilidade de o contribuinte cometer erro na declaração de ajuste aumenta em 2%.
b) a probabilidade de a declaração de ajuste apresentar erro (Y = 1) é maior do que a probabilidade de não haver erro (Y = 0), para todos os contribuintes com X > 0.
c) essa função de probabilidade tem seu ponto de inflexão em X = 0.
d) o logaritmo neperiano da razão entre a probabilidade de haver erro na declaração e a de não haver é uma função linear em X, expressa por −0,048 + 0,02.X.
e) contribuintes com imposto devido têm probabilidade 0,5 de cometer erro na declaração.
Resolução:
Alternativa A - INCORRETA.
Sem fazer contas, isso é absurdo. Não dá para a probabilidade de erro ir aumentando de 2% em 2%, indefinidamente. Se assim fosse, bastaria termos um valor de imposto a pagar muito alto, para que a probabilidade fosse maior que 100%, o que é absurdo.
Alternativa B - INCORRETA.
Para simplificar a escrita, vou chamar e-0,048+0,02X de "k".
A probabilidade de erro é igual a:
P(Y=1|X)=k1+k
Já a probabilidade de acerto pode ser facilmente encontrada. Ou erramos a declaração, ou acertamos. Não tem outra hipótese. São eventos complementares. Logo, a probabilidade de acerto fica:
P(Y=0|X)=1−kk+1=11+k
A questão quer que a probabilidade de erro seja maior que a de acerto.
k1+k>11+k
k>1
e−0,048+0,02X>1
Agora aplicamos logaritmo dos dois lados da igualdade, para eliminarmos o expoente:
ln(e−0,048+0,02X)>ln(1)
−0,048X+0,02X>0
X>2,4
A desigualdade solicitada só ocorre para X > 2,4. Alternativa errada.
Alternativa C - INCORRETA.
Esta alternativa deve ser pulada, por ser mais complicada que as demais.
De forma bem resumida, o ponto de inflexão de uma função é o ponto em que ela muda de côncava para convexa ou de convexa para côncava. A análise de pontos de inflexão depende do cálculo da derivada segunda da função, assunto que é visto nas cadeiras de cálculo dos cursos de graduação de exatas.
Alternativa D - CORRETA.
A razão entre as duas probabilidades fica:
P(Y=1|X)P(Y=0|X)=k1+k11+k=k
O logaritmo desta razão é:
ln(k)=−0,048+0,02X
Que é exatamente a função indicada na alternativa.
Alternativa E - INCORRETA.
Como vimos na alternativa B, apenas para X = 2,4 é que a probabilidade de erro se iguala à probabilidade de acerto.
Gabarito: Letra E
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