Um auditor fiscal e um auditor técnico da Prefeitura de Belo Horizonte desejam determinar o tamanho de amostra para estudo da proporção de contribuintes, entre 10.000 deles, que ficam inadimplentes todo mês. Se os funcionários admitem haver um erro amostral de 2%, com nível de confiança de 95%, o tamanho dessa amostra é, aproximadamente, igual a:
a) 1200
b) 1937
c) 2401
d) 2563
e) 2645
Resolução:
Para melhor entendimento, vamos fazer a solução errada primeiro.O erro máximo cometido é:
e=Z0×p^q^n−−−√
Onde:
- Zo é o valor da normal padrão associado a 95% de confiança. O candidato já precisava saber que é 1,96. Esse é o valor mais cobrado em prova, é comum as bancas nem o fornecerem;
- p^ e q^ são as proporções amostrais de sucessos e fracassos. Na ausência da informação, fazemos ambas igual a 0,5, que é o valor que maximiza a variância da proporção amostral (caso seja fixado o valor de "n").
- "n" é o tamanho da amostra
Até aqui, nenhuma novidade, questão extremamente comum em provas.
Substituindo os valores:
0,02=1,96×0,5×0,5n−−−−−√0,02=1,96×0,5÷n−−√n−−√=1,96×0,5÷0,02n−−√=49n=492=2.401
Feito isso, lá vamos nós e marcamos a letra C.
Aí é que vem a pegadinha.
O enunciado fez questão de dizer que a população tem 10.000 habitantes. Isso é porque o examinador quer que a gente considere população finita. Quando isso ocorre, temos que aplicar o fator de correção para populações finitas.
Ou seja, na verdade, o erro máximo cometido é dado por:
e=Z0×p^×q^n−−−−√×N−nN−1−−−−√
Onde "N" é o tamanho da população.
Seja:
k=n×(N−1)N−n
O erro máximo fica:
e=Z0×p^×q^k−−−−√
Repetindo todos os cálculos que fizemos na primeira solução, concluímos que:
k=2401
Substituindo o valor de "k":
n×(N−1)N−n=2401n×9.99910.000−n=2.40110.000×2.401−2.401n=9.999n10.000×2.401=2.401n+9.999n10.000×2.401=12.400nn=10.000×2.40112.400n≈1.936,29
Aproximando para o inteiro imediatamente superior:
n=1.937
Resposta: Letra B
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