STN - 2013 Analista de Finanças e Controle - Questão 29 (específica)
(a) o fato de possuir (ou não) risco diversificável é inerente a todo derivativo (a todo ativo individualmente considerado, em última análise), e não é o fato do mesmo possuir tal risco (ou não possuir) determinante para que ele (o ativo) possa ser precificado com base em um raciocínio de arbitragem. Em verdade, a discussão "risco diversificável x risco não diversificável" não possui nenhuma relação com o apreçamento dos derivativos. Ativos (ou conjunto de ativos) que não apresentam risco diversificáveis são aqueles que apresentam apenas o risco sistemático (risco da economia em si), e estes ativos representam uma fração muito pequena do conjunto de ativos. Alternativa Incorreta.
(b) esta alternativa visa confundir o candidato ao misturar a precificação de ativos (baseados em um raciocínio de arbitragem) ao conceito de operação de arbitragem, qual seja, um conjunto de operações de compra e venda simultâneas de um mesmo ativo financeiro em diferentes mercados, obviamente por preços diferentes, auferindo um lucro, praticamente, instantâneo e sem risco. Basear os ditos métodos de precificação de ativos em um principio de não arbitragem (também denominada Lei do Preço Único) é necessário para que não existam, para um mesmo ativo, dois preços diferentes. O que estaria demonstrando que não haveria para aquele ativo um preço de equilíbrio. Alternativa Incorreta.
(c) afirmar que o derivativo precificado com base em um raciocínio de arbitragem só poderá ser comprado ou vendido para fins de especulação excluiria do grupo de ativos precificáveis aqueles objeto de uma das mais tradicionais finalidades dos derivativos: hedge (proteção). Alternativa Incorreta.
(d) a teoria de apreçamento dos derivativos financeiros está fundamentada na lei do preço único ou condição de ausência de arbitragem. Esta condição estabelece que o preço de uma carteira de ativos deve ser igual à soma dos preços individuais dos ativos que a compõem. No apreçamento das opções financeiras, o pagamento final proporcionado pela sua obtenção pode ser exatamente replicado por uma carteira que evolui dinamicamente ao longo do tempo, composto exatamente pelo mesmo ativo referente à opção e uma quantidade de dívida. Estabelecendo algumas hipóteses sobre a sua evolução estocástica, quando não existem oportunidades de arbitragem, o preço da carteira replicante deve ser igual ao preço da opção no momento inicial, afinal os seus pagamentos na data de expiração são idênticos. Os profissionais de investimento geralmente usam a replicação de carteiras, que não mais são do que carteiras criadas para replicar certos atributos das carteiras-alvo, com o intuito de administrar um fundo de índice com um baixo custo de transação. Tais profissionais replicam as características de retornos de grandes carteiras usando um número relativamente pequeno de ativos. Alternativa CORRETA.
(e) mais uma vez a mesma estratégia de tentar confundir o candidato ao misturar a não arbitragem, enquanto pressuposto dos mecanismos de precificação de derivativos, com a arbitragem enquanto estratégia de operação no mercado financeiro, juntamente com o hedge e à especulação. O problema deste tipo de questão é que a banca é tão insistente que você acaba acreditando. Não caia nessa. Alternativa Incorreta.
Gabarito: Letra D
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