STN - 2013 Analista de Finanças e Controle - Questão 27 (específica)

27 - A teoria da preferência pela liquidez explica o formato da estrutura a termo das taxas de juros usando, como principal premissa, a de que os investidores: 

a) só aplicam em títulos de longo prazo quando lhes é oferecido um prêmio por risco. 
b) acreditam que os títulos de curto prazo e os títulos de longo prazo possuem o mesmo nível de risco. 
c) são indiferentes a risco de crédito. 
d) exigem taxas de juros mais altas ou mais baixas em função das características das carteiras de títulos que eles possuem. 
e) não são capazes de estimar adequadamente a volatilidade das taxas de juros de mercado.

Resolução:

A estrutura a termo de taxa de juros (também conhecida como Yield Curve ou Curva de Rentabilidade) é a relação, em dado momento, entre taxas de juros de títulos de renda-fixa de mesma qualidade creditícia, mas com diferentes prazos de vencimento. A Yield Curve geralmente é construída a partir de títulos que pagam juros somente no vencimento, ou seja, os zero coupon bounds. Títulos que pagam juros intermediários (coupon) não são apropriados porque estaria embutida a hipótese de reinvestimento dos cupons a mesma taxa, o que dificilmente é verdade.

O levantamento da curva de rentabilidade é extremamente importante para o mercado financeiro, pois serve como base para a precificação de instrumentos de renda fixa, além de ser utilizada como benchmark na determinação de taxas em todos os outros setores do mercado de dívida.

Podemos, igualmente, destacar três fatores vinculado às teorias sobre a estrutura a termo que podem influenciar o formato da referida estrutura de juros:

• as expectativas do mercado sobre a dinâmica futura das taxas de juros;

• a possível presença de prêmios de liquidez na expectativa de retorno dos títulos de renda fixa, como os títulos públicos; e

• ineficiência de mercado ou eventuais impedimentos dos fluxos de fundos entre os mercados de juros de longo e curto prazo.

Neste sentido o formato usual da estrutura a termo da taxa de juros, quando não ocorrem fatores que venham a deturpá-la (como, por exemplo, a ocorrência de uma taxa real de juros menor no longo prazo, em função de alterações benéficas no ambiente econômico e no sistema financeiro), é de uma curva que tende a apresentar taxas mais elevadas no longo prazo, em função das maiores incertezas relacionada a quaisquer previsões que venham a ser feitas para prazos mais dilatados. Neste sentido, conforme disposto na alternativa A, os investidores somente aplicam em títulos de mais longo prazo quando lhes é oferecido um prêmio por risco.

Gabarito: Letra A


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