NCE e FUJB (UFRJ) - Profissional Básico (BNDES)/Engenharia/2005

O empresário, ao tentar maximizar lucro, muitas vezes desconsidera o fluxo de caixa e o risco. Economistas matemáticos incluem tais elementos numa função de lucro condicionada e sensibilizam as variáveis. Num desses estudos, uma grande multinacional dos esportes deparou, ao aproveitar sua escala de produção de tênis, com um ponto na curva de preços onde a elasticidade era – 0,8. Nesse caso: 

a) o lucro poderia ser maximizado neste ponto da curva da demanda; 

b) a empresa estava tendo prejuízo absoluto; 

c) a empresa estava tendo prejuízo por não cobrir uma parte dos custos fixos; 

d) a empresa deveria diminuir sua produção até o ponto onde a elasticidade da demanda fosse unitária; 

e) o lucro (p) da empresa seria definido num ponto da curva da demanda acima do ponto de elasticidade unitária (sendo p > 0).

Resolução:

A elasticidade-preço da demanda relaciona a variação percentual da quantidade demandada em relação à variação percentual de preços. No caso apresentado pela questão (elasticidade = -0,8), temos variação inelástica da demanda, ou seja, a quantidade demandada varia negativamente menos que a variação positiva nos preços.

Na curva de demanda, a demanda inelástica é representada abaixo do ponto médio da curva. A elasticidade unitária (E = 1) é representada no ponto médio da curva de demanda, assim como, acima do ponto médio, é representada a área elástica (E > 1).

Adicionalmente, de acordo com a condição de maximização de lucros da firma, a receita marginal é zero e a receita total atinge seu ponto máximo quando a elasticidade é unitária. Este fato é facilmente visto na seguinte expressão:
 
 
Assim, caso E = 1 (ponto médio da curva), RMg = 0.
 
Desta forma, para que a firma apresente lucro econômico (RMg > 0), a demanda deve situar-se acima do ponto médio da curva de demanda, ou seja, acima do ponto de elasticidade unitária.
 
Gabarito: Letra E

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