I. Há divergência entre keynesianos e monetaristas sobre o formato da curva tanto na sua interpretação do curto quanto na do longo prazo.
Item incorreto.
Segundo o Professor Clemens Vinicius de A. Nunes:
O trabalho de Phillips (1958) deu origem a denominação “curva de Phillips” à relação entre atividade (emprego/desemprego) e inflação.
– Analisou empiricamente os ciclos econômicos de 1861 a 1957 no Reino Unido, observando a existência de uma relação inversa entre salário nominal e desemprego (“Trade-off”).
Samuelson e Solow (1960), da escola keynesiana, apresentam um influente trabalho em termos de política econômica.
– Estudo da relação entre inflação de preços , e não de salários, e desemprego como ficou conhecida a curva de Phillips.
– Trade-off entre inflação e desemprego representa um menu de escolhas para sociedade – Formuladores de política econômica poderiam explorar este trade-off para obter ganhos duradouros de desempenho da economia ,através de políticas ativas ou reformas institucionais.
Os economistas Phelps (1967) e Friedman (1968), da escola monetarista, desenvolveram de forma independente um conjunto de idéias similares enfatizando as limitações da curva de Phillips:
– Distinção entre inflação antecipada e não-antecipada;
– Idéia de uma taxa de desemprego natural determinada pelas condições estruturais da economia, que implica numa curva de Phillips vertical no longo prazo;
– Ganhos obtidos pela exploração do trade-off são temporários. A tentativa de reduzir o desemprego abaixo da taxa natural só pode ocorrer produzindo uma inflação maior que a esperada pelo público;
Ou seja, a grande divergência entre keynesianos e monetaristas é somente no longo prazo.
II. No modelo keynesiano, no curto prazo, a curva de Phillips tem inclinação negativa.
Item correto. No curto prazo a curva de Phillips, que representa uma relação inversa entre inflação e desemprego, é negativa, ou seja, quanto maior o desemprego menor a inflação e vice-e-versa.
III. A tese de que há um trade off entre inflação e desemprego não é aceita pelos keynesianos.
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