Administração Financeira - Uma introdução


A função do administrador financeiro está associado a um alto executivo da empresa, geralmente denominado diretor financeiro ou vice-presidente de finanças. O diretor financeiro da empresa tem a importante função de coordenar as atividades de tesouraria e controladoria. Não é um trabalho fácil, mas aqueles que conseguem alcançar este cargo em grandes empresas costumam ser muito bem remunerados. 

O administrador financeiro deve se preocupar com três tipos básicos de questão. Vamos dar uma olhada nelas.

1 - Orçamento de capital

A principal questão diz respeito aos investimentos de longo prazo da empresa. O processo de gerenciamento e planejamento dos investimentos a longo prazo é chamado de orçamento de capital. Ou seja, é basicamente a capacidade de analisar investimentos que vão ser lucrativos no longo prazo. 

2 - Estrutura de capital

A segunda questão diz respeito a como a empresa obtém os financiamentos para sustentar os investimentos de longo prazo. Perceba a conexão entre as duas definições. Enquanto o orçamento de capital vai se preocupar aonde investir a estrutura de capital vai se preocupar em como conseguir o capital para realizar tal investimento.
A estrutura de capital refere-se à combinação especifica entre capital de terceiros a longo prazo e capital próprio que a empresa utiliza para financiar suas operações.O administrador financeiro possui duas preocupações nessa área. Primeiro, qual o montante que a empresa deve tomar emprestado? Segundo, qual a fonte de financiamento mais barata de fundos para a empresa?
Ou seja, a estrutura de capital é a combinação entre capital de terceiros e capital próprio que a empresa possui.

3 – Administração de capital de giro 

A terceira questão diz respeito à administração do capital de giro. A expressão capital de giro refere-se aos ativos a curto prazo da empresa, tais como estoques, e aos passivos a curto prazo da empresa, tais como pagamentos devidos a fornecedores. A administração do capital de giro da empresa é uma atividade cotidiana que assegura que os recursos sejam suficientes para continuar a operações, visando enviar interrupções dispendiosas. Isso envolve diversas atividades relacionadas aos recebimentos e desembolso da empresa.
Ou seja, quando falar em capital de giro lembra do curto prazo. Ativos e passivos de curto prazo da empresa.

Agora que já vimos o que o administrador financeiro de uma empresa deve se preocupar. Vamos entender as modalidades de organização das empresas que podem ser: firma individual, sociedade por quotas e sociedade por ações. 

1 – Firma Individual

Firma individual é a empresa que pertence a uma única pessoa. Não é difícil de juntar os conceitos na hora de memorizar: Individual = única pessoa. É a maneira mais fácil de começar uma empresa e a menos burocrática.
Quando se é o dono de uma firma individual o lucro é todo de uma única pessoa, mas caso haja prejuízo não se tem com quem dividir as magoas. Isso significa que os credores podem recorrer aos bens pessoais do dono da empresa para saldar o seu debito. Todo o lucro da empresa é tributado como rendimento de pessoa física, não existe distinção entre a pessoa física ou jurídica.
Um ponto importante é que a vida da empresa está atrelada a vida do proprietário. No sentido que se o proprietário morrer a empresa acaba, já que ele é o único dono.
 
2 – Sociedades por Quotas

Sociedade por quotas é semelhante   a uma forma individual exceto pelo fato que possui dois ou mais donos (sócios). Numa sociedade geral, todos os sócios dividem lucros e prejuízos e possuem responsabilidade ilimitada por todas as dividas da empresa.
Sabe o que isso que dizer?
Suponha que você tem uma sociedade com um coleguinha. Você tem 30% da sociedade e seu sócio tem 70%. Se a empresa tiver prejuízo você será responsável por apenas 30% dele?

NÃO!

Você, sócio minoritário, é responsável pelo prejuízo total junto com seu sócio majoritário.

A maneira pela qual lucros (e prejuízos) são divididos é descrito no contrato da sociedade. Esse contrato pode ser um acordo verbal informal ou um longo documento formal, por escrito.
As vantagens e desvantagens da sociedade por quotas são basicamente as mesmas de uma firma individual. As sociedades com base em contratos relativamente informais podem ser constituídas facilmente e a baixo custo. Sócios gerais possuem responsabilidade ilimitada nas dívidas da empresa, e a sociedade acaba quando um sócio geral mostra o desejo de vender ou morre. Todo lucro é tributado como rendimento da pessoa física dos sócios, e o montante do patrimônio líquido que pode ser obtido é limitado à riqueza agregada dos sócios. A participação de um sócio geral não pode ser transferida com facilidade, pois é necessário que se forme uma nova sociedade. A participação de um sócio com responsabilidade limitada pode ser vendida sem que a sociedade seja desfeita, mas encontrar um comprador pode ser difícil.

Lembrar: sociedade por quotas é uma empresa formada por dois ou mais indivíduos ou entidades.

Pelo que você, meu caro leitor, leu até agora já deu para perceber que tanto a firma individual como as sociedades por quotas possuem desvantagens em comum. Vamos ver quais são:
1.    Responsabilidade ilimitada dos proprietários em relação às dividas da empresa;
2.    Vida limitada da empresa;
3.   Dificuldade de transferência de propriedade.

3 – Sociedade por ação

A sociedade é a modalidade mais importante de organizações de empresas. A sociedade por ações consiste em uma entidade legal separada e distinta de seus proprietários e possui muitos dos direitos, obrigações e privilégios de uma pessoa de verdade. Sociedade por ações podem tomar dinheiro emprestado e possuir imóveis, podem processar e ser processadas, e podem firmar contratos. A sociedade por ações pode até mesmo ser um sócio geral ou um sócio com responsabilidade limitada em outra sociedade, pode possuir ações de outras sociedades por ações. 

 Por tudo isso não é surpresa o fato dela ser a mais complicada de se começar.
A propriedade (representada pelas ações da companhia) pode ser prontamente transferida, e a vida da empresa, portanto, é ilimitada. A sociedade por ações toma dinheiro emprestado em seu próprio nome. Consequentemente, os acionistas da empresa têm responsabilidade limitada pelas dívidas da empresa. O máximo que podem perder está limitado a seu investimento.

Essa modalidade possui uma desvantagem significativa. Como a sociedade por ações é uma entidade legal, precisa recolher impostos. Além disso, o dinheiro pago aos acionistas sob a forma de dividendos é tributado novamente como rendimento desses acionistas. Isso é dupla tributação, significando que os lucros da empresa são tributados duplamente: na pessoa jurídica, ao ser gerado lucro, e na pessoa física, quando esse lucro é distribuído.

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