BNDES (2013) - ECONOMISTA - QUESTÃO 42

42 - A execução do Plano de Metas do governo Juscelino Kubitschek caracterizou, economicamente, a segunda metade da década de 1950 no Brasil. Essa execução foi exitosa em inúmeros aspectos, tais como a(o)

(A) obtenção da meta de redução da inflação
(B) obtenção da meta de superavit primário do orçamento público
(C) expansão do crédito a longo prazo disponibilizado via BNDE (atual BNDES)
(D) abertura do mercado interno à maior competição internacional
(E) equilíbrio contínuo das contas externas do Brasil

Resolução:

Em 1951 foi instalada a Comissão Mista Brasil EUA que delineou projetos de investimentos para áreas específicas visando acabar com o estrangulamento da economia brasileira. A CMBEU recomendou também a criação de um banco de desenvolvimento que mais tarde viria a se chamar BNDE. 

Este projetos desenvolvidos pela CMBEU se tornaram permanente após JK instituir o Conselho de Desenvolvimento. Este tinha a função de descobrir setores da economia que, uma vez estimulados, poderiam gerar crescimento econômico. O conselho elaborou um conjunto de 30 objetivos específicos, distribuídos segundo segundo 5 áreas, denominado programa de metas.

O programa contemplava investimentos nas áreas de energia, transporte, alimentação, educação e industria de base.

''A implementação do programa dependeu da adoção de uma tarifa aduaneira protecionista, complementada por um sistema cambial que subsidiava tanto a importação de bens de capital como de insumos básicos, e que atraía o investimento direto estrangeiro por parte do capital estrangeiro''.

Um ponto importante a ser destacado é que o governo, quando lançou o plano de metas, não apresentou um modelo de financiamento do mesmo. O mecanismo usado para tal feito, em sua maior parte, foi a emissão monetária e, em menor parte, a expansão do crédito ao setor privado. Isso gerou inflação.

A fim de corrigir este problema, foi criado o PEM - Plano de Estabilização Monetária, que tinha como solução diversos cortes nos gastos do governo. O PEM estava ligado ao aval do FMI pois o país precisava de crédito. Em 1959, em meio a pressão politica, JK rompe com as medidas de austeridade fiscal do FMI e resolve continuar com o plano de metas. Isso gerou uma crise que desequilibrou as contas externas. 

Um ponto importante a respeito da afirmação da letra D é que o país, na época de JK, deu continuidade ao processo de substituição de importação e não a abertura comercial.

Gabarito: Letra C

Enviar um comentário

0 Comentários