CESPE - Analista do Ministério Público da União/Perícia/Economia/2013

Um consumidor possui função utilidade dada por U = u(x, y) e restrição orçamentária igual a = pxx + pyy, em que R representa a renda do consumidor e px e py, ambos positivos, representam, respectivamente, os preços dos bens x e y. Supondo que esse consumidor se encontra em situação de equilíbrio, maximizando sua função utilidade a partir de sua restrição orçamentária, julgue o item seguinte.
Caso ocorra a elevação de px, o bem x será um bem normal somente quando o efeito substituição for superior ao efeito renda.

Resolução:

Questão que versa sobre efeitos renda e substituição.
 
Está errado, pessoal!
 
O fato de um bem ser normal ou inferior não está relacionado à magnitude dos efeitos, mas à direção do efeito renda.
 
Para um bem ser normal, basta que o efeito renda seja positivo, ou seja, um aumento na renda gere um aumento do consumo do bem.
 
Se ocorrer a elevação do preço do bem x, este bem será normal se o efeito renda também causar uma redução no seu consumo.
 
Vejamos, senão, as análises gráficas de Pindyck e Rubinfeld para os efeitos renda e substituição num bem normal e num bem inferior:
 
 
 
Reparemos que os autores tratam da situação contrária: redução do preço do alimento.
 
De qualquer forma, vemos que o que determina se um bem é normal ou inferior é a direção do efeito renda.
 
Quando o bem é normal, o efeito renda age na mesma direção que o efeito substituição, ao passo que num bem inferior temos direções opostas dos dois efeitos.
 
Assim, não importa se um efeito é maior em termos absolutos que outro, o que importa na definição da natureza do bem é a direção do efeito renda.
 
Gabarito: Errado

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