CESPE - Analista do Ministério Público da União/Apoio Jurídico/Direito/2013
Todavia, por maiores que sejam os obstáculos opostos ao nosso propósito de desvendá-la, e mesmo quando proclamamos desconsoladamente a impossibilidade de chegar até ela pelas vias da razão, não desaparece nossa aspiração de que haja atos justos que dignifiquem a espécie humana. É que, ainda que não consigamos defini-la, não podemos viver sem ela.
Por outro lado, a justiça nunca se põe como um problema isolado, porque sempre se acha em essencial correlação com outros da mais diversa natureza, dos filosóficos aos religiosos, dos sociais aos políticos, dos morais aos jurídicos.
Nem podia ser de outra forma, em se tratando de uma das questões basilares da história, a qual não pode ser vista segundo uma continuidade linear, devendo ser vista como o desenrolar de ciclos culturais diferentes, com diversificadas conjunturas histórico-culturais.
Ora, cada ciclo ou conjuntura histórico-cultural tem sua experiência da justiça, a sua maneira própria de realizá-la in concreto, o que leva à conclusão de que, em vez de indagar acerca de uma ideia universal de justiça, melhor será tentar configurar, no plano concreto da ação, o que sejam atos justos.
Considerando os sentidos e aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item a seguir.
No terceiro parágrafo, a partícula “se” é empregada, em ambas as ocorrências, como índice de indeterminação do sujeito, o que confere maior formalidade ao texto.
a) nunca se põe como problema isolado (voz passiva sintética) = nunca é posta como problema isolado (voz passiva analítica);
b) porque sempre se acha em essencial correlação com outros (voz passiva sintética) = porque sempre é achada em essencial correlação com outros (voz passiva analítica).
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