DEPÓSITOS À VISTA



Os conceitos institucionais sobre o Sistema Financeiro Nacional foram apresentados em outro post sobre esse tema. Para entender o assunto aqui apresentado, é recomendado que você esteja em dia com a teoria sobre o sistema financeiro. 

De uma olhada aqui caso precise revisar algum conceito. 

Dito isso, vamos começar.

Todos os indivíduos que realizam transações bancárias já realizaram depósitos à vista. Consistem nos valores líquidos, prontamente disponíveis aos correntistas, que representam custo zero para as instituição financeiras captadoras.

Desta forma, quando nos dirigimos ao banco para realizar um saque da conta corrente, o dinheiro estará ali pronto para ser sacado e utilizado. Até aqui tudo bem!

Mas, apesar de não ser tão aparente assim, nossas disponibilidades líquidas (depósitos à vista) não estão totalmente reservadas no caixa do banco. Elas são circulantes e financiam diversas outras aplicações do banco. Assim, caso você tenha um saldo de R$ 1 mil em conta corrente, parte deste valor provavelmente estará financiando outro indivíduo com saldo negativo.

Consequentemente, se todos os correntistas forem ao banco sacar toda sua disponibilidade, o banco não terá como pagar a todos.

Por isto diz-se que os bancos multiplicam os depósitos à vista. Ou seja, eles elevam a quantidade de depósitos à vista em posse do público não financeiro (empresas, governos e pessoas).

Na teoria econômica, este valor a mais é dado pelo multiplicador bancário, o qual multiplica a quantidade de depósitos à vista, resultando na quantidade de moeda em circulação.

Isto é, a possibilidade de receber depósitos à vista, além de categorizar as instituições financeiras como bancárias (monetárias), permite que elas multipliquem a quantidade de moeda em circulação na economia.

No entanto, os depósitos à vista não estão inteiramente à disposição das instituições financeiras. Parte destes recursos deve ser direcionada ao Banco Central, na forma de depósito compulsório, às aplicações em crédito rural e aplicações em microcrédito com taxas de juros predeterminadas.

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